sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

                                                          Menina Rua de Qualquer Lugar  

Menina andarilha, encontrando nas ruas
Novos mundo de novas ideias, contra os ventos
Criança nas redes do gol, na defesa do grande jogo
Menina que sobe árvores-verdes até o azul do céu
Silêncio um olho na rua, outro em qualquer lugar
Abrindo os acontecimentos, do mundo de fora
Nas ruas da amizade, da solitária que não tem ninguém
Dos difíceis marcadores, criança na sua definição
Pulando cordas para valer, dizendo um não a submissão
Saltando a amarelinha, infância das calçadas da rua
Resolvendo-se montando castelos de areia e cartas
Dando de ombros, a felicidade do gostar de assobiar
Seguindo de cabeça baixa, pensamentos mãos nos bolsos
Magricela pequena, um eu repleto de muitas interrogações
Sem respostas, mais uma história criança menina que sonha
Podendo muitas coisas, perder ou ganhar o jogo das ruas
Menina dos pés roçarem á terra, no quicar a bola da vez
Medo do se reconhecer, apenas mais um rosto invisível da infância
Espécie humana, pequeno animal abandonado às ruas
Guerreira lutadora, a menina sobrevivente da cidade grande
Menina cidade mundo, da rua de todo e de qualquer lugar
Ontem eu fui uma menina criança das ruas...

                                                                                                 Ao pai João Pedro, o CALLADO, do meu grande gostar...
                                                                                                 Mazé - 20/03/08
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