terça-feira, 25 de fevereiro de 2014


     Nas Mãos do Vento
 
                                                                                   Era apenas mulher
Nas mãos do vento
Ar colava na sua pele
Passos por calçada escorregadia
Cabelos castanhos despenteados
Jaqueta amarrotada nos ombros
Cadarço do sapato desamarrado
Com pulseira larga de couro azul
Sorriso de quem sabe das coisas
Rosto de olhos fugidios
Pensamentos inquietantes
Chicotadas no cérebro
Cabeça sem travas
Drogada de vida
Era vento selvagem
Era um mundo à parte
Há muito esperado
Que me tirava o fôlego
No perfume que eu sentia
Da folha de limão ao vento
Talvez o vento saiba demais
Sou até onde me leva o vento
Não tenho controle sobre nada
Ventos... Possibilidades infinitas
Diversidades... do meu próprio eu

                                                                                                          Maria José Salles Callado / 22.10.12
                                                                                                          Foto - MJSC - Athenas / Grécia
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Um comentário:

silvana cortez disse...

Como é bom se deixar levar ao sabor do vento.... Amei!