Pássaro do Inesperado Pássaro do inesperado planando
Voo errático riscando céu de cima
Voando olhos apertados contra o sol
Eu queria ser um pássaro
Pássaros não falam
Linguagem dos homens
Pássaros não falam
Linguagem dos homens
Pássaros apenas voam flores
Pássaros flores, cores diferentes
Pássaros flores, cores diferentes
Pássaros perdidos no verde claro
Árvore Pássaro existência física
Quatro paredes, porta entreaberta
Pintura descascada amarelo limão
Asas do destino, asas da memória
Sobrevivente dia noite, sol e lua
Penso em quase tudo do ontem,
Encolho ombros, penso no nada
Sou noite fragmento do passado
Dia claro de sol, uma vida inteira
Gaivota branca aprendendo falar
Eu sou pássaro do inesperado
Ave pouso rasante no penhasco
Sou eu pássaro, de asas abertas
Maria José Salles Callado / 27.02.10
Foto - MJSC - Cape Town / África do Sul
2 comentários:
Olá,
Sua poesia ilustra o quanto somos alquimistas de nós mesmos, assim escolhemos um modo de vida, mas nunca chegamos ao fim da mesma forma, pois no passado escolhemos uma forma, no presente outra e assim por diante, somos uma resenha que sofre tranformações, porém se perdemos o equilíbrio, perdemos nossa essência....Hoje vc pode ser um pássaro de asas abertas, e amanhã? O tempo nos tranforma.
Beijos
Oi Mazé, é o Leandro. Tudo bem? Adoro seu blog, venho aqui diariamente, pena não ter poemas novos todos os dias. Eu ia adorar. Continue atualizando ok? Beijos do seu sobrinho. rsrsr
Lê
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