sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Homem Lobo Solidão
Vida intermitência de claras e escuras paisagens
Montanha pedra negra da terra querendo escapar
Lobo homem, expressão integridade de um selva
gem
Alcatéia desaparecendo no meio do perfume do capim
Voando passadas, branco-amareladas, corrida velocidade
Lobo uivo triste arrastado, lamentos noite de uma flauta
Lobo alfa criatura da estepe, d'alma impossível de domar
Rastro homem, das gazelas, ovelhas, e raposas da planície
Grande vida, relva de curtas raízes crescendo entre pedras
Humano sem noção de ser apenas pedaço da pequena vida
Pequena vida, imagem de um lobo, uma fera quase mágica
Vegetação rasteira quase grudando ao solitário homem lobo
Escavando a toca das lembranças, dos primeiros dias de vida
Apertando olhos para os raios de sol, ruminando pensamentos
Reconhecendo o terreno da sua própria casa, natureza do ser
Natureza alegria emanando das árvores e animais do matagal
Flores silvestres desabrochando na íngreme encosta montanha
Ovelhas reluzindo como crisântemos brancos no contraste verde
Grande verde perdendo vida... Pequenas vidas serem condenadas
Aldeia vida, terra amarela, planeta agonizante, homem predador!

Maria José Salles Callado / 06.12.08
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Um comentário:

Anônimo disse...

Minha poetisa... a MAZE.

... Sua poesia e simplesmente linda...abstrata... permite ver atraves dela o invisivel... quero dizer que muitas vezes somos lobos... tristes... solitarios...e as vezes selvagens... o ser humano e seus adjetivos, a luta solitaria e fria,cruel pela sobrevivencia , e a natureza crescendo...para sentir-mos a trajetoria da vida... a fugacidade da existencia... A sua poesia me faz querer atraves dela entender um pouquinho do que se passa no decorrer da minha vida... voce me emociona muito , atraves das palavras...