Pedras Respiradas
Desço degraus que me levam até o cais
Com a brisa que cola meu jeans ao corpo
Polegares no bolso, apoiada no parapeito
Cabeça inclinada para trás, e para o lado
Ergo os óculos de sol... até a minha testa
Observo: amontoado de casarios brancos
Vilas construções cor de sorvete de coco
Paredes lixadas pelas marés, orifícios de
pedras mornas... respiradas pelas ondas
Um pequeno café fustigado pelos ventos
lugar com varanda, com vista para o mar
Mistério de distâncias... quase imprecisas
Cores primárias, grandes-angulares, mares
Desembarco no último raio de sol da tarde
Digressão simplesmente:- i-na-cre-di-tá-vel
Porque nós somos... nós. “Somos parênteses”
Pontos de interrogação... Pontos de exclamação
Somos dias onde vivemos, dias que vêm nos
acordar. Carpe diem...
Somos dias onde vivemos, dias que vêm nos
acordar. Carpe diem...
Maria José Salles Callado / 07.01.12
Foto - MJSC - Costa Brava / Espanha
3 comentários:
Minha amiga,
Não quero ser repetitiva em meu comentário, mas esta poesia é simplesmente linda..Consigo visualizar a pessoa em si..."Polegares no bolso" tão você !!! Ah, esses olhos, como buscam na imensidão respostas...Essas retinas que descrevem o amor...Tantas coisas cabem entre parênteses, e você apenas o abriu, preencha-o, para fechá-lo com pontos de exclamação!!!
Um beijo enorme
Lilian
Que foto linda, dá vontade de se transportar e sentar nessas pedras e exercitar o olhar como vc fez agora, parabéns, gostei das suas palavras e de seu lirismo.
Hug
Nessa você foi fundo. Me senti no cais. bjs
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