sábado, 27 de julho de 2013

                     O Sol me espera                      
 
Escuridão ofuscando-me os olhos 
Há noite... Tempo que se dobra
Ando-me sozinha em meio à noite
Perdida entre as estrelas do céu
Postes de luz da rua me acalmam
Sinais de trânsito me anestesiam
Sobrevivente da minha galáxia
Esqueço que estou aqui agora
Escuto Bach, estou por inteira
Desfocado sorriso marca rosto
Esta clareando, no mundo cinza
Sol me espera, pássaros cantam
Disparo a voar, gaivota grasnando
Mancha branca arroxeada no céu
Atravesso caminho do amanhecer
Estamos longe, ventos diferentes
Nada pode me deter, nada, nada
Há tempo mais tarde, mais tarde

Maria José Salles Callado / 18.06.11
Foto - MJSC - Espanha / Costa Brava
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4 comentários:

dicla disse...

Maravilhoso!Bjos

ISA disse...

ISA,

Lindo,Mazé.

Beijos!

Adriana Longo disse...

Adoro esse movimento das suas poesia... sinto-me vagando deliciosamente!!

Anônimo disse...

Oiê....

É linda sua poesia!!!
Um tanto notória a tristeza da alma da poetisa...Porém vagar na escuridão da saudade, na escuridão de coisas que ainda não foram vividas, na escuridão de corações que se fecham, talvez esse não seja o caminho que a Lua ilumina para ti...O Sol não precisa te esperar, o dia não precisa te esperar a sorrir, porque a noite também existe para você.E nela você pode andar, sonhar, correr e viver iluminada pelos fios prateados que nela existe , você só precisa desviar o caminho...Pense nisso!!!


Beijos

Lilian